segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Cavaquinhos

Waldir Azevedo teve diversos cavaquinhos durante toda a sua carreira, porém sempre foi fiel a "Do Souto", alternando entrre Faia e Jacarandá.Consta quem em seu primeiro teste como cavaquinista, em 1945, pediu um instrumento emprestado ao seu amigo Hélio Jorge do Souto, na época filho do dono (e hoje atual proprietário) da loja de instrumentos musicais "Ao Bandolim de Ouro", condicionado a comprar o instrumento caso fosse aprovado no teste e assim aconteceu.Desde então os cavaquinhos "Do Souto" fizeram parte  da sua trtajetória musical. A fábrica lançou desde então o modelo "Waldir", que na época contava com a caixa um pouco mais alta que os cavaquinhos convencionais, por sugestão do próprio Waldir, como forma de obter melhor sonoridade acústica do instrumento.
Alguns desses instrumentos pertencentes a Waldir Azevedo fazem parte do seu acervo guardado pela família no Rio de Janeiro/RJ, outros não existem mais ou encontra-se nas mãos de outrtos músicos que, de alguma forma fizeram parte da vida de Waldir e por mérito foram presenteados com tais instrumentos.
Em visita ao seu arcevo, encontraram algumas fotos antigas de Waldir Azevedo empunhando outros cavaquinhos "Do Souto", porém não se tem registros mais preciosos do destino desses instrumentos e a própria família acredita que Waldir tenha se desfeito dos mesmos no decorrer de sua vida, presenteando algunns amigos e companheiros de grupo.

 - Do Souto de Jacarandá da década de 40



Esse cavaquinho acompanhou Waldir na maior parte de sua carreira e sua maravilhosa sonoridade está presente na maioria de seus discos até o final dos anos 60, Em 1967, Waldir Azevedo doou este instrtumento para o MIS (Museu da Imagem e do Som), que acabou por ser destruído em um incêndio ocorrido no Museu anos mais tarde.

 - Do Souto de faia da década de 50
 


Esse cavaquinho foi muito usado por Waldir Azevedo nas gravações de LP's e apresentações públicas, inclusive fora do país. Hoje faz parte do acervo, sob guarda da família, no Rio de Janeiro/RJ.

 - Do Souto de Jacarandá da década de 50







Esse cavaquinho estampa a capa de alguns de seus LP's, porém foi pouco usado em gravações. Não há resgistro nem mesmo pela família do destino desse cavaquinho.

- Do Souto de Jacarandá da década de 50 (Cri-cri)
 

Esse cavaquinho teve participação na carreira de Waldir Azevedo por tratar-se de um instrumento diferenciado, já que é bem menor do que um cavaquinho convencional e com uma sonoridade mais estridente.Foi usado em algumas gravações como efeitos sonoros especiais.Por estas características, Waldir o chamava de "Cri-cri".Também compõe o arcevo guardado pela família no Rio de Janeiro/RJ


- Do Souto de Faia do ano de 1968


Também bastante usado por Waldir na gravação de LP's e apresentações públicas.Esse cavaquinho encontra-se hoje nas mãos de Roberto Barbosa (Canhotinho), um presente que D. Olinda Azevedo ofertou-lhe pela amizade, parceria e identificação musical que teve com Waldir Azevedo por vários anos.

 - Do Souto de Faia do ano de 1975


Um dos últimos cavaquinho que Waldir utilizou para gravar e se apresentar publicamente, inclusive numa turnê para Alemanha. Acredita-se que esse seja o instrumento que D. Olinda Azevedo presenteou o amigo e admirador de Waldir Azevedo, Vivaldo de Figueiredo (Vivi), que não segue a carreira artística mas apresenta-se nas missas dominicais em igrejas do Rio de Janeiro/RJ

 - Do Souto de Jacarandá do ano de 1977

                                                

Este foi o último cavaquinho utilizado por Waldir em gravações e também em seu último show, realizado no Telestar, em 06 de setembro de 1980, 14 dias antes de sua parttida para a eternidade.Está guardado pela família no Rio de Janeiro/RJ, juntamente com todos os ítens que compõem o acervo de Waldir Azevedo.

 - Do Souto de Jacarandá do ano de 1978


Esse cavaquinho foi ofertado a Waldir Azevedo pela sua gravadora Continental, um presente pelo seu excelente trrabalho junto à gravadora por vários anos. D. Olinda Azevedo presenteou Avendano Júnior com este instrumento, considerando sua amizade e dedicação em preservar a obra, o estilo e a técnica de Waldir.


 - Fonte: http://www.waldirazevedo.com.br/

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Waldir Azevedo - Minhas Mãos, Meu Cavaquinho (1976)

- WALDIR AZEVEDO foi supreendido com uma fatalidade que o faria pensar em parar de uma vez com a música.Um acidente doméstico com um cortador de grama, que ele estava consertando, acabou por decepar a ponta de seu dedo anelar da mão esquerda. Sua esposa Olinda Azevedo, que sempre o apoiou em todos os momentos de sua vida, o levou as pressas ao hospital para saber o que poderia ser feito.
O médico que o examinou solicitou a Olinda que troxesse a falange para um possível implante.Olinda ligou as pressas para a casa e pediu que sua empregada localizasse o pedaço do dedo na grama, o qual já havia sido depositado no lixo e que o colocasse no gelo, que ela estaria chegando para buscá-lo.O implante foi realizado com sucesso, porém os médicos tiraram qualquer esperança de que Waldir voltaria algum dia a tocar seu cavaquinho.Devido à insitência de Olinda para que exercitasse seu dedo e fizesse o tratamento com rigor, Waldir aos poucos foi recuperando seu movimento, arriscando-se empunhar o cavaquinho e tirar pequenos acordes.


Waldir Azevedo - Minhas Mãos, Meu Cavaquinho (1976)

- Não tardou muito a Waldir voltar a desempenhar seus solos ao cavaquinho com a mesma agilidade e técnica de sempre, compondo em seguida um choro chamado "Minhas mãos, meu cavaquinho" que apresenta ao final um trecho da Ave Maria, que Waldir colocou propositalmente em agradecimento a Deus por ter permitido que voltasse a tocar depois desse grande acidente. Esse choro é considerado umas das mais belas composições de Waldir Azevedo tendo emocionado platéias inteiras pela sua melodia e história, sendo título de seu penúltimo disco, que contava com outros sucessos como "Choro novo em dó", "Frevo da lira", "Lembrando Chopin" entre outros.




quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sonho de ser piloto




Antes de decidir fazer carreira na música, Waldir Azevedo acalentava o sonho de ser piloto de avião. Chegou a fazer o teste para seguir carreira na aviação, na época de responsabilidade do Exército. Foi reprovado no exame medico por causa de um "sopro" no coração, que, segundo ele, era resultado dos exercícios físicos que fazia sem nenhum acompanhamento.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011



Waldir Azevedo nasceu no subúrbio do Rio De Janeiro no dia 27 de janeiro de 1923. Filho único de Walter Azevedo e Benedita Lima de Azevedo. Sua família queria fazê-lo padre, porém seu grande sonho era ser aviador, mas um exame cardíaco o reprovou nos testes de aptidão para exercer essa carreira.
Seu primeiro contato com a música deu-se aos 10 anos de idade quando adquiriu uma flauta de um amigo, passando posteriormente para o violão, bandolim e violão tenor, mas foi no cavaquinho que encontrou sua verdadeira paixão e com este instrumento tornou-se profissional da música, ganhando fama e projeção internacional.
Em toda sua carreira, compôs mais de 150 músicas e gravou mais de 30Lp's sem contar os de 78rpm. Entre os seus vários sucessos, destacam-se o baião "Delicado", que mereceu mais de 40 gravações em todo o mundo e "Brasileirinho" com pelo menos 20.
Casado, Waldir Azevedo teve duas filhas e dois netos.


Waldir Azevedo - Um Cavaquinho Na História  -  Marco Antônio Bernardo.